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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Árvore!!

É uma razão estar morto, é uma ilusão essas coisas de corpo. Uma confusão ser, aqui na terra sabe? Viver pra tentar um dia transcender e sentir algo a mais do que essa planta bacana me causa. Fazer por ritual, não por causal. Comer por missão, não por inquietação. Toda essa aflição me julga, e deitada neste pano amarelo me coloco a pensar, viajar. É tanta brisa, é tanto choro, é tantos deuses, é tanto couro que levo de mim que meus olhinhos nem querem abrir, aperto eles até virar uma árvore, e imagino que sou, dentro desta escuridão de pálpebras. Eu faço disso tão necessário, até da pra sentir minhas possíveis folhas balançando, um alívio de ser outro ser que não seja eu, com essa brisa leve me balançando na rede e...
Jogada na rede velha de balançar, enxergo o escuro da noite mesmo. Até queria poder ficar trancada dentro do tronco por mais uns dias, mas não tenho essa habilidade (ou coisa de louco) ainda, sei lá, viver de prana. Então o que me resta é jogar as mãos ao alto pedindo verdes que me curem. Quanta emoção! Até eu cair pra trás, quanto desajeito, Jesus.